Não foi apenas o silêncio dos jogadores do Flamengo durante o voo e na chegada ao Rio que foi sentido no desembarque da equipe segunda-feira, após a derrota para o Grêmio. A ausência de membros de torcidas organizadas causou surpresa aos seguranças do clube e aos policiais militares mobilizados para um provável protesto.
A postura tem explicação. A diretoria rubro-negra tem concedido mimos às organizadas, como ingressos mais baratos e até ônibus para assistir aos jogos em Volta Redonda — como aconteceu diante do Fortaleza e se repetirá amanhã, contra a Chapecoense. Outro “cala a boca” foi entregar a cabeça do diretor Rodrigo Caetano em uma bandeja, garantindo sua demissão em breve.
A caravana da torcida custa os mesmos R$ 30, incluindo ingresso — sócios-torcedores pagam o mesmo valor apenas pela entrada. Já o torcedor comum desembolsa R$ 40 para entrar no Raulino de Oliveira, também sem transporte . O Flamengo alega que não há benevolência, mas também não exibiu os contratos dos planos de sócios das organizadas, que até outro dia estavam proibidas de frequenta.
— Os representantes de organizadas que têm desconto são aqueles cujas torcidas aderiram ao plano de Sócio-Torcedor Corporativo ou cujos membros são sócios-torcedores. Por isso, pagam meia da meia, como os demais sócios-torcedores que têm o direito à meia-entrada cumulativa por lei — disse o diretor de marketing Bruno Spindel, completando que o ônibus é um benefício para os que acumulam pontos.
No Ninho do Urubu, os jogadores não se calaram. O goleiro Paulo Victor pediu apoio da torcida e união:
— Todos são responsáveis pelo momento. Não pode ser covarde, é momento de união. Por toda a pressão que vivemos este ano, vemos que é melhor um pouco de carinho, mesmo sendo difícil pedir isso para o torcedor.
Fonte: Extra
0 comentários:
Postar um comentário