Duas contratações mais caras do Flamengo em 2016, Mancuello e Cuéllar custaram cerca de R$ 12 e 8 milhões, respectivamente, aos cofres do clube, porém perderam espaço com Zé Ricardo. O interino conseguiu dar padrão ao Rubro-Negro com apostas em Márcio Araújo e Alan Patrick - o último, que não conseguia se firmar com Muricy Ramalho, foi titular em todos os jogos do treinador pinçado dos juniores. Mas não é possível encaixar os dois maiores investimentos da temporada no time principal? No esquema 4-2-3-1, sim. O colombiano entraria como "doble 5", um dois dos volantes que ficam à frente da zaga.
Executou essa função em sua estreia pelo Fla, contra o América-MG, pela Primeira Liga. Já o argentino ficaria mais aberto pela esquerda, auxiliando Alan e Arão na armação de jogadas.
Executou essa função em sua estreia pelo Fla, contra o América-MG, pela Primeira Liga. Já o argentino ficaria mais aberto pela esquerda, auxiliando Alan e Arão na armação de jogadas.
Esse esquema, aliás, permitiria que Willian Arão voltasse a infiltrar na área com maior frequência. Muricy Ramalho o cobrava bastante para este tipo de jogada, e o camisa 5 cumpriu à risca as orientações de seu ex-comandante. E Cuéllar melhoraria a saída de bola, pois tem o hábito de se apresentar próximo aos zagueiros e ao goleiro com maior constância do que Márcio Araújo. O bom passe e domínio de bola também o ajudam nesse sentido.
O colombiano gosta de ter à companhia de Márcio Araújo à frente dos zagueiros. Internamente, ele admite que é o melhor volante com quem jogou no Flamengo. O elogio do gringo, aliás, é comum dentro do elenco. Outros companheiros e ex-treinador defendem Márcio com unhas e dentes.
Mancuello entrega mais técnica e mais posse de bola ao meio-campo rubro-negro. Além disso, assim como Alan Patrick é especialista em cobranças de falta, arrisca chutes de longa distância e tem bom cruzamento. Em contrapartida, é válido registrar que Mancu não rendeu bem nas últimas oportunidades dadas por Zé Ricardo.
Análise: movimentação constante de Cuéllar melhora saída de bola do Flamengo
As entradas dos gringos implicariam nas saídas de Everton e Marcelo Cirino, que imprimem mais velocidade ao Flamengo. O primeiro até tem participado bem, soma um gol na competição, uma assistência e cruzou a bola que resultou no primeiro gol contra o São Paulo - Rodrigo Caio fez contra. Cirino, por sua vez, não foi decisivo em nenhum dos dez gols rubro-negros na competição. Fernandinho, outro dos pontas velozes, ajeitou para Alan Patrick assinar uma pintura diante do Palmeiras.
Alan e Arão são os mais decisivos e criativos do Flamengo no Brasileiro até então. Participaram diretamente de 80% dos gols rubro-negros - oito dos 10 gols. O primeiro tem dois marcados, duas assistências e levantou na área no gol contra da Ponte Preta a favor do Fla. O outro tem números parecidos, apenas com um gol menos em relação ao seu parceiro de meio-de-campo.
Depois de ser titular contra o Vitória (1x0) e sair no intervalo, Mancuello não voltou mais a ser utilizado por Zé Ricardo. Com o interino, tem 116 minutos - divididos em três partidas - jogados de 630 possíveis (sem contar os acréscimos). Já Cuéllar atuou quatro vezes, todas como reserva.
Outro jogador caro - recebe R$ 250 mil mensais -, o meia Ederson é outro que sofre com poucas oportunidades. Desde a entrada de Zé, jogou duas vezes e foi titular somente contra o Figueirense. Gabriel, que não consegue repetir o bom momento vivido no segundo semestre de 2014, está em sua frente como opção para o segundo tempo. Apesar das poucas chances e de não ter tido sequência, o camisa 10 não foi bem em 2016, diferentemente de seu início no clube, em 2015. O próprio tem consciência disso, mas espera entrar com maior frequência.
Fonte: GE
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