O atacante Adriano pediu à Justiça do Rio de Janeiro as penhoras das cotas de TV, dos patrocínios e das bilheterias do Flamengo, conforme apuração do ESPN.com.br.
O pedido foi feito em documento enviado ao Poder Judiciário fevereiro e ainda não teve resposta do juiz responsável pelo caso.
No caso, Adriano processa o Flamengo cobrando R$ 921.130,60 de indenização por alegar que o time rubro-negro não pagou R$ 500 mil prometidos à época de sua rescisão em sua segunda passagem, entre 2009 e 2010.
A ação corre na 47ª Vara Cível do Rio de Janeiro desde o ano passado, paralela a um outro processo, este na 45ª Vara, da empresa A10 Sports Assessoria Esportiva, que cuida da carreira do atacante e pede R$ 172.103,64 aos agentes que intermediaram a vinda do atleta.
Em junho do ano passado, a Justiça havia dado três dias para o time rubro-negro quitar a dívida ou oferecer um bem como garantia e defender-se das acusações, e foi o que o Fla fez.
No processo em nome de Adriano, o Flamengo apresentou defesa e aponta "que as testemunhas que assinaram o documento apresentado por Adriano não são minimamente individualizáveis, uma vez que o referido instrumento particular não faz qualquer indicação do nome ou CPF de quem, de fato, o assinou na qualidade de testemunha".
Além disso, o time rubro-negro alega que "a via do referido instrumento de transação que ficou em sua posse não possui as mesmas assinaturas das 'pseudo-testemunhas' indicadas no documento apresentado por Adriano, o que apenas corrobora para a sua ineficácia enquanto integralização de documento".
O Fla ofereceu o antigo Casarão de São Conrado como garantia do juízo, mas os advogados de Adriano rejeitaram.
Então, o clube ofereceu a antiga sede, na Avenida Rui Barbosa nº 170, mas o atacante foi claro quanto ao seu desejo.
O atleta diz que "não aceita o bem ofertado para a garantia da dívida e também que a oferta fere a hierarquia da lei referente às preferências de crédito, renovando os pedidos iniciais de penhora".
Assim, na seguinte ordem de preferência, Adriano deseja a penhora das cotas de transmissão televisiva, dos direitos sobre os contratos de patrocínio, das penhrad das rendas dos jogos direto na bilheteria, do direito de arena, dos direitos econômicos sobre a venda de atletas e de eventuais rendas de transferências internacionais pelo direito de formação dos atletas.
Posteriormente ao pedido de Adriano, o Fla enviou à Justiça uma avaliação da antiga sede e pretende que o juiz prefira a penhora do imóvel aos direitos de TV do clube.
A ESPN procurou Flávio Willeman, vice-presidente jurídico do clube, mas ele disse que o Flamengo não vai comentar o caso.
A ação de Adriano acontece em um momento de recuperação financeira do clube, com aumento considerável nas receitas e queda na dívida.
Adriano atuou na Gávea em três oportunidades: a primeira no começo dos anos 2000, a segunda em 2009/2010 e a última há três anos.
Ao todo foram quatro títulos pelo Flamengo, sendo o Campeonato Brasileiro de 2009 o mais importante e que contou com participação mais decisiva do atacante. Ele foi, inclusive, o Bola de Ouro da Revista Placar naquele ano.
Hoje com 34 anos, está no Miami United, dos EUA.
Adriano vive uma decadente na carreira desde que deixou o Flamengo na segunda passagem. Passou, de forma bastante apagada, por Roma, Corinthians, de novo Fla e Atlético Paranaense.
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