No meio de abril, a CBF decidiu adotar já no início do Brasileiro as polêmicas novas regras de arbitragem estabelecidas pela Fifa. A partir daí, foram feitos palestras e informativos para os clubes. Houve interesse só de alguns. Depois do início do Nacional, os times acordaram e passaram a pedir explicações detalhadas para a confederação.
Entre as novas regras, estão o fim do cartão vermelho automático para jogador que impedir a progressão de adversário para o gol, só terá de sair de campo em caso de jogada violenta. Além disso, há a previsão de punição com vermelho para quem tentar uma agressão mesmo que não atinja o adversário. A CBF considera que foi o maior número de mudanças em 100 anos no futebol.
Ainda assim, boa parte das palestras em federações estaduais para explicar as regras ficaram vazias, como ocorreu em São Paulo e no Rio Grande do Sul. O único time da Série A que tinha pedido informações detalhadas foi o Corinthians.
“Fizemos uma jornada técnica para as federações para explicar. Tivemos instrutores à disposição para os times. Ainda reforçamos na reunião com os técnicos'', contou o presidente da Comissão de Arbitragem, Sérgio Corrêa da Silva. “Houve divulgação porque teremos a maior mudança em 130 anos de futebol.''
Na primeira rodada, houve discussão no jogo entre Atlético-PR e Palmeiras em lance de Paulo André. Isso porque o árbitro Bruno Arleu de Araújo não expulsou o zagueiro apesar dele ser o último homem e derrubar Lucas Barrios, o que gerou reclamação dos palmeirenses. Já os atleticanos reclamaram porque, inicialmente, Arleu chegou a expulsar Barrios por simulação, mas voltou atrás após aviso do assistente.
Segundo Corrêa, esse foi o único lance de confusão relacionado à nova regra relatado pelos árbitros. Ele prevê questionamentos nas próximas rodadas. Assim, em reunião na segunda-feira, diretores de futebol de Fluminense, Atlético-PR, Coritiba, Sport e Santa Cruz pediram palestras aos instrutores da CBF, além de equipes da Série B como Náutico e Atlético-GO.
“Essas regras foram feitas para não beneficiar o infrator. Os jogadores vão ter que se policiar em relação a braços, cotovelo na área porque pode gerar uma expulsão técnica, e não só disciplinar, por acertar o adversário'', contou Corrêa e Silva.
As novas regras da Fifa, a princípio, só valeriam a partir do dia 1o de junho. Mas a CBF decidiu adotá-las desde o início para que o campeonato não começasse com uma regra e acabasse com outra norma. A Copa do Brasil também terá a nova regra a partir da 3a fase, segundo a confederação.
Fonte: Rodrigo Mattos
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