Boa parte do clube estará completamente entregue ao Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc). No esquema montado pelos norte-americanos, e aprovado pela diretoria do Flamengo, nem mesmo os funcionários do rubro-negro terão acesso às instalações cedidas ao comitê estrangeiro. E isso não se explica apenas por uma questão de privacidade, mas sim por conta da preocupação excessiva dos Estados Unidos com a segurança dos membros de sua delegação.
Em conversas com algumas pessoas que participaram do planejamento para o período, a impressão geral era a mesma para todos: os norte-americanos estão mais preocupados com a segurança do que com os treinos e instalações em si. São mais de 12 meses de organização observando os mínimos detalhes.
No fim, o plano geral é mantido sob sigilo e nem sequer informado na totalidade aos rubro-negros. Uma palavra, no entanto, é falada abertamente nas conversas por segurança: terrorismo. O assunto assusta os norte-americanos, que montarão uma verdadeira “operação de guerra” nos arredores do clube, localizado na zona sul do Rio de Janeiro.
Além de agentes à paisana espalhados pela Gávea, outros membros da equipe especializada de segurança dos Estados Unidos estarão pelas ruas e prédios próximos à sede. O esquema se assemelha ao montado em março de 2011, quando a então presidente do Flamengo, Patricia Amorim, recebeu Barack Obama no campo da Gávea. Na época, atiradores de elite estavam espalhados nas lajes próximas ao clube.
Os norte-americanos ainda terão bases de treinamento na Escola Naval (atletas de vela, atletismo, vôlei e polo aquático) e no Espaço Lonier (servirá de hospedagem para técnicos e equipes de apoio, além de treinos de tiro com arco, esgrima, taekwondo e luta olímpica), sítio localizado na Zona Oeste, próximo ao Parque Olímpico. A segurança também será reforçada nos locais, com equipe própria e patrulhamento 24 horas por dia.
Além do comitê norte-americano, a Gávea receberá parte da delegação britânica. Serão atletas de quatro modalidades: triatlo, remo, maratona aquática e canoagem. Além de um contingente menor, o sistema de segurança também será reduzido.
A Gávea ainda será a casa da empresa internacional Ernst Young. Executivos e convidados da famosa entidade de auditoria circularão pelo prédio principal da sede rubro-negra no período olímpico.
Fonte: UOL
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