A derrota para o Grêmio em Porto Alegre, as três eliminações em mata-mata em 2016, o mau futebol do elenco rubro-negro e o afastamento de Muricy Ramalho em razão de uma arritmia deixaram o clima pesado no Flamengo. Enquanto o treinador consulta seus familiares para definir se segue no comando do clube carioca, jogadores e dirigentes vivem um momento que, segundo o goleiro Paulo Victor, é de "pressão total".
No dia 25 de abril, revoltados com a derrota por 2 a 0 para o Vasco em Manaus e a consequente eliminação no Campeonato Carioca, cerca de 80 torcedores distribuíram socos e pontapés no ônibus que transportava a delegação rubro-negra no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. A gota d'água foi a derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, na última quarta-feira, que acarretou na eliminação do Flamengo na segunda fase da Copa do Brasil e provocou gritos de "time sem vergonha" na arquibancada do estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
"A paciência de todos já acabou, a indignação é de todos dentro do clube, não só do torcedor. Todos são culpados, desde jogadores, comissão e diretoria. Só juntos vamos mudar isso. A paciência do torcedor já acabou, a pressão é total. Não adianta procurar culpados porque mais pressão não vai alterar nada. Temos que mudar isso com nossa atitude em campo", reconheceu Paulo Victor.
A crise levou o presidente Eduardo Bandeira de Mello a adiar sua viagem para Los Angeles, onde a seleção brasileira se concentra para a disputa da Copa América. O dirigente planeja viajar na quinta-feira, mas não descarta uma nova mudança em sua ida aos Estados Unidos até que os ânimos estejam mais calmos na Gávea.
O diretor executivo Rodrigo Caetano, alvo da fúria da torcida nos últimos dias, corre o risco de ser dispensado em breve. Bandeira de Mello preferiu não entrar em detalhes, mas assegurou que mudanças no departamento de futebol serão anunciadas ao longo da semana.
"Não posso falar em nomes agora porque seria uma indelicadeza, uma precipitação, e isso só levaria a resultados que não são bons para ninguém. Não vamos fazer nada de forma precipitada, e não vai ser o resultado desse jogo que vai antecipar ou determinar as mudanças. Nosso regime é profissional, então não vamos nos precipitar", disse o presidente.
Muricy Ramalho, reunido com sua família em São Paulo para definir seu futuro, não está na corda bamba, garantiu o mandatário rubro-negro.
"Estamos dando toda tranquilidade ao Muricy para que ele avalie sua condição. Nossa principal preocupação no momento é com o ser humano", salientou.
Na quarta-feira, às 21h, o Flamengo enfrenta a Chapecoense em Volta Redonda. Depois, duela contra Ponte Preta (fora), Vitoria (casa), Palmeiras (casa) e São Paulo (fora).
Fonte: Uol
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