Não bastasse o clima de guerra com dois dos maiores clubes do Rio (Fla-Flu), um incêndio aumentou o tormento da Federação de Futebol do Rio (Ferj) no ano passado. De acordo com informação publicada no balanço da entidade, R$ 2,8 milhões que pertenciam à federação pegaram fogo nos cofres de uma empresa de transporte de valor contratada para guardar as finanças da Ferj.
Além disso, a entidade fechou 2015 com prejuízo milionário de R$ 20,3 milhões. De acordo com o balanço, a federação explica que as dívidas aumentaram porque passou a fazer parte do Profut, programa de refinanciamento com o Governo Federal, conforme notícia antecipada pelo Blog.
No entanto, todos os clubes que passaram a fazer parte do programa contabilizaram a entrada no Profut como crédito e não despesa. A explicação para esta leitura diferente da federação se dá, conforme nota publicada no próprio balanço, à necessidade de a entidade passar a incluir no demonstrativo as dívidas e parcelamentos de tributos que ainda tentava reverter na Justiça.
Ou seja, nos anos anteriores, a Ferj não incluía estes valores no montante de dívidas, pois acreditava que poderia vencer as discussões judiciais.
Discussão sobre seguro
Segundo a Ferj, o incêndio ocorreu na sede da empresa Transexpert, no Santo Cristo, em outubro do ano passado. No fim de fevereiro deste ano, a federação decidiu ingressar com processo contra a empresa pedindo o ressarcimento do valor. Já existe uma decisão liminar determinando o depósito em juízo. O processo corre na 16ª Vara Cível da capital.
Segundo o advogado que representa a Ferj, Marllus Lito Freire, uma perícia feita pela Polícia Civil embasou a ação.
"A empresa diz que está aguardando investigação do seguro, mas não sabemos como anda esta investigação e se ela existe. O que sabemos é que há uma perícia técnica comprovando o incêndio", disse o advogado.
Segundo ele, a própria empresa comunicou o ocorrido à Ferj.
"A empresa disse que perdeu R$ 130 milhões, entre eles quase R$ 3 milhões da Federação", afirmou.
Não conseguimos falar com a empresa Transexpert.
Fonte: ESPN / Gabriela Moreira
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