22/05/2016
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Estrela na camisa: presidente do Conselho rebate vice após crítica
A inclusão de uma estrela na camisa relativa à conquista da Copa Intercontinental de Basquete (2014) deve ser votada apenas no próximo 31. Mas a discussão já está efervescente na Gávea. Citado pelo vice de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa – autor da proposta –, o presidente do Conselho Deliberativo, Rodrigo Dunshee de Abranches se manifestou em tom de repúdio sobre a insinuação de que a pauta de convocação da reunião teria sido escrita de má-fé.
Rodrigo é filho de Antonio Augusto Dunshee de Abranches, presidente do Flamengo na conquista do Mundial Interclubes de 1981, título representado com uma estrela na camisa rubro-negra acima do escudo.
- A insinuação do Alexandre Póvoa de que a convocação do conselho teria se dado de má-fé é ofensiva e pode dar ensejo a uma representação contra ele. A convocação foi oficialmente solicitada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, por meio de ofício, que, sabe-se, foi feito por insistência e pressão do próprio vice-presidente. Ele, inclusive, já mandou cartas aos conselheiros pedindo a aprovação da estrela. Essa reclamação pública prima pela falta de respeito e preparo. Quando um presidente de poder me pede a convocação, sou obrigado a chamar o Conselho Deliberativo. Não sou de sentar em cima das coisas por conta de minha posição pessoal. Quem decide é o plenário, que sempre defende o Flamengo - explicou Rodrigo Dunshee de Abranches.
Na convocação enviada aos conselheiros para a reunião extraordinária do próximo dia 31, um dos itens a serem discutidos é “Apreciar e votar a proposta de inclusão de uma Estrela na camisa do Uniforme de Futebol Profissional, alusivo à conquista obtida em 2014 pelo Basquete.”
- A coisa foi acontecendo de forma rápida. Era para ter sido votado no ano passado, mas por questões de pauta acabou não acontecendo. Acabei achando estranha a forma como feita a convocação, pois ela está errada. No estatuto do Flamengo não existe o uniforme do futebol, mas sim o do Flamengo. O nosso time de basquete vai jogar com a estrela de campeão mundial de futebol com o maior orgulho, da mesma forma que o vôlei faz o mesmo. O único esporte que tem uniforme próprio é o remo por questão de tradição, inclusive com escudo diferente. Do jeito que convocaram, induz a pessoa ao erro - argumentou Alexandre Póvoa
Rodrigo Dunshee, entretanto, argumenta que trata-se, sim, de dois uniformes distintos, que têm seus modelos votados separadamente em sessões do Conselho Deliberativo. Caberá aos representantes do Conselho decidir se a estrela relativa ao Mundial de Basquete será incluída na camisa do Flamengo. No entanto, o presidente – que também tem direito a voto – já tem clara sua posição.
- Pessoalmente, acho que a camisa do futebol é do futebol, e a do basquete é do basquete. A nação rubro-negra não quer uma estrela emprestada de um outro esporte e não quer ser comparada ao Vasco. Quer títulos e um time supercampeão, sem que seja necessário usar subterfúgios ou lotear a camisa para outros esportes. O Flamengo está muito acima de interesses pessoais e episódicos. Esta é minha opinião, mas o Conselho é soberano - disse Rodrigo Dunshee de Abranches.
*colaborou Thales Soares
Fonte: GE
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